Essa Copa do Mundo foi marcada pela inovação tecnológica e por algumas polêmicas envolvendo o Catar, que é o país sede.

Antes mesmo da bola rolar já se tinha um clima estranho por causa de falsas acusações dizendo que o Equador teria recebido suborno do Catar para que deixassem os anfitriões ganharem a primeira partida. Ainda mais porque depois de três minutos de jogo, Enner Valencia abriu o placar, mas o gol foi anulado, naquele momento as suspeitas se inflaram.

Acontece que logo em seguida tudo ficou esclarecido, por conta da computação gráfica podemos ver que existia um impedimento milimétrico no lance, um lance que mesmo com a ajuda de gráficos 3D precisava de um tempo para realmente constatar a irregularidade.

Foi a primeira vez que o impedimento semiautomático entrou em campo, uma das inovações tecnológicas que tomaram protagonismo nesta Copa do Mundo. Muitos lances decisivos e praticamente impossíveis de serem percebidos a olho nu foram decididos por meio da tecnologia.

Vamos te mostrar três momentos em que se não fosse a tecnologia, o rumo das partidas seria outro.

 

copa do mundo

 (Fonte: Google Imagens)

 

Copa da tecnologia: Sensor de medição inercial

 

Portugal 2 x 0 Uruguai

 

Nesta partida da Copa do Mundo tivemos um daqueles lances que a gente fica pensando, será que ele quis cruzar ou chutar para o gol. O fato é que todos viram Cristiano Ronaldo tentar desviar a bola chutada por Bruno Fernandes e correndo para comemorar logo em seguida.

Só não ficou claro se Cristiano Ronaldo teria ou não tocado na bola. Com ajuda da checagem, após alguns instantes, o telão do estádio Lusail indicou que o autor do gol era Bruno Fernandes.

Do ponto de vista do árbitro iraniano Alireza Faghani, era possível ter dúvida. O próprio Fernandes deu uma declaração após a partida dizendo que tentou cruzar e que achava que Cristiano Ronaldo encostou na bola.

A tecnologia, no entanto, é implacável. A bola da Copa, Al Rihla, possui um sensor de medição inercial (IMU), que envia dados para a sala do VAR 500 vezes por segundo e é capaz de detectar qualquer toque que ela receba. Mesmo com o protesto da federação portuguesa e de seu maior craque em busca de recordes, a ciência é incontestável.

 

Copa da tecnologia: Impedimento Semiautomático

 

Croácia 0 x 0 Bélgica

 

Sempre que temos jogadas envolvendo impedimento, teremos discussão. A tecnologia usada pela Fifa escaneia o corpo todo do atleta e considera o ombro como referência para a marcação do impedimento.

Durante uma bola lançada na área o atacante croata Andrej Kramaric, ficou impedido porque seu ombro estava em vantagem milimétrica. Se não fosse marcado o impedimento, a jogada teria resultado em pênalti para os croatas.

A distância entre os dois é tão pequena que, sem o VAR, não é difícil acreditar que a maioria dos auxiliares de arbitragem teria considerado que os jogadores estavam na mesma linha.

Para identificar o momento do passe, é utilizado o mesmo sistema que acusou o não-toque de Cristiano Ronaldo no lance analisado anteriormente. Os dados são cruzados com a posição dos jogadores em campo e, em caso de ilegalidade, surge um alerta nos monitores dos responsáveis por analisar cada situação.

 

Copa da tecnologia: Tecnologia da linha do gol

 

Japão 2 x 1 Espanha

 

Esse foi o lance mais comentado da Copa do Mundo, não apenas porque o gol classificou o Japão e eliminou a Alemanha, mas porque a menos que você tivesse uma visão milimétrica teria errado a marcação desse lance.

A regra diz que a bola precisa sair inteira da parte de fora da linha do campo para ter saído, ou seja, se imaginarmos uma parede no limite do campo, nenhum fragmento da bola pode tocá-lo para ser considerado que a bola saiu.

O jogador japonês pegou uma bola que tinha praticamente saído inteira de campo, a não ser por uma pequena parte que se manteve sobre a linha, com esse corte a bola foi parar no meio da pequena área e depois dentro do gol.

O sistema trabalha com câmeras de alta velocidade, posicionadas estrategicamente para obter o ângulo mais revelador. Capazes de captar cada mínimo movimento, elas identificaram que, por menos de um centímetro, a bola ainda estava em jogo e que o gol foi legal.

 

 

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